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O bandido chefe de quadrilha chega ao local, que já estava cercado por seus motoqueiros. Ele pede para todos ficarem em guarda, não agirem em momento algum, Hass ainda era do seu interesse, ou melhor, as habilidades de Hass ainda eram de seu interesse.

O sujeito caminha calmamente em direção a Hass e Kadabra, transmitia a idéia de que estava extremamente tranqüilo, que a fuga de Hass não era o fim do mundo… Isso era uma armadilha:

-O que aconteceu meu brilhante químico?! Se há algum problema me diga logo, eu resolvo-o! Mas… Vamos… Você ainda não fabricou as minhas bombas!

Hass é atingido por um grande calafrio, ele estava com medo. Começava a desconfiar das capacidades de Kadabra, eram muitos… Com o sujeito ‘’chefe’’ eram 17 homens, e para piorar, todos armados. Hass não diz nada para o sujeito, apenas olha para Kadabra com os olhos de quem clama por ajuda.

-E quem é você? E… Pra quê quer essas 20 bombas? Deixe o Hass em paz, ou se não serei obrigado a me intrometer nessa sua ‘’brincadeira’. – diz Kadabra.

-Quem sou eu?! A pergunta é quem é você! O que acha que é pra dirigir-se dessa maneira a mim?! Parece que alguém quer morrer hoje…

-Embora deteste concordar com tipos como você, eu também acho… Tem alguém realmente querendo morrer hoje…

-O que?! Escutou isso gente?! Esse aí só pode tá drogado…

-A única ‘’droga’’ que vi por enquanto foi você… Mas não se preocupe, já perdi meu sono por sua causa, não vou demorar muito com você.

-Já chega! Não admito mais uma palavra, sua hora chegou!

– Antes de eu te matar, gostaria de saber pra que você iria usar as bombas. Desembuche… Não me faça força-lo a dizer. – diz Kadabra.

– Vamos pessoal! Matem esse sujeito! Mas cuidado com o químico ali, nós dependemos dele!

Os motoqueiros começam a sacar suas armas. Alguns estavam com metralhadoras, mas a grande maioria usava pistola. Eram modelos antigos de armas, depois que foi criada a brigada San´s ficou muito difícil contrabandear modelos novos.

Hass ainda estava petrificado. A situação não era favorável para ele. Sua vida estava nas mãos de Kadabra, que havia o conhecido minutos antes.

Após sacar as armas, os motoqueiros não hesitaram em abrir fogo contra Kadabra, o único medo que possuíam era o de acertar fatalmente Hass, e ter seus planos por água abaixo. Esse também era o medo de Kadabra, pois entrara nessa confusão por Hass. Ele garantia-se, mas não podia ter total zelo com Hass, então rapidamente Kadabra se dirige a Hass:

– Corra Hass, vá para um lugar seguro, onde os tiros não o acertem. Vá, ande logo!

Hass parte para dentro do galpão onde Kadabra estava dormindo anteriormente. Dirige-se ao fundo da primeira repartição do galpão, a mesma por onde entrara quando procurava refúgio. Direcionou-se para o final dessa repartição, o palco. Ficou agachado em um dos cantos, imóvel, mas de olho para entrada do galpão.

Enquanto isso, na parte de fora, caia o mundo. Depois da retirada de Hass os motoqueiros não tinham mais com o que ter receio, era apenas matar um único homem. Os projéteis saiam de diversos pontos, mas atingiam um ponto em comum, esse ponto era onde Kadabra se encontrava. Os projéteis pareciam não ter fim, principalmente os de metralhadora, que eram disparados rapidamente.

Todo esforço em vão. A primeira carga já estava esgotada, os motoqueiros começam a procurar desesperadamente por mais munição ao mesmo tempo em que se apavoravam,tremiam diante de Kadabra.

Kadabra estava ileso, nem sequer uma gota de sangue, um arranhão foi desferido de seu corpo. Parecia obra do demônio, ou de um gênio cientista maluco, que criara uma defesa incrível. Isso era o que pensava os mais ignorantes.

O chefe da quadrilha logo percebeu o que acontecia. Kadabra criava, de uma maneira em que o chefe não conseguia responder, um envoltório de energia em torno dele. Ele percebeu que os projéteis acertavam algo e caiam no chão antes mesmo de chegar até Kadabra. Era como uma barreira invisível indestrutível, impossível para eles.

Grande parte dos motoqueiros estava desesperada, não tiveram a mesma percepção do que o chefe de sua quadrilha. Pensavam apenas em recarregar suas armas e continuar com o ataque. Nesse momento o chefe grita para seus comparsas:

– Pessoal! Esse sujeito cria um tipo de escudo que os tiros não conseguem penetrar! Ficar atirando nele não vai adiantar enquanto ele conseguir manter esse tal escudo! Fique quem está de metralhadora atirando, e o resto tenta bater nesse rapaz aí. Eu acho que enquanto ele esta com esse escudo, ele não pode fazer mais nada… Se atacarmos diretamente, ele não vai conseguir resistir. Vão homens!

Cerca de onze homens partem para cima de Kadabra. Eles o atacam com suas armas, dando coronhadas que paravam antes mesmo de atingir Kadabra. O tal escudo funciona para ataques de curto alcance também.

O chefe percebe na hora que não havia o que fazer. Que o melhor era pegar Hass e se distanciar o máximo possível de Kadabra. Ele decide realizar esse plano, e dá a ordem para seus homens:

– Continuem o ataque! Uma hora ele cansa de se proteger e aí pegamos ele! Eu vou procurar o Hass, afinal ele é o nosso objetivo e não esse sujeitinho…

Os capangas seguem as orientações de seu chefe, e não desistem de atacar Kadabra. O chefe entra no galpão, cautelosamente, a procura de Hass. Ele não queria ferir Hass, não de uma maneira inesperada, pois tinha medo de matá-lo. E também estava cauteloso para não receber um ataque surpresa da parte de Hass, por isso a calma.

Ele dá passos suaves assim como um lobo que está caçando sua presa. Calmamente inspeciona o local, a procura de Hass. Não demora muito e ele observa Hass no cantinho do palco, no final do galpão.

O chefe dá passos mais ligeiros agora, sempre com sua arma mirada para Hass, para lhe impor o medo e respeito. Hass observa o sujeito se aproximando mais e mais, mas não havia o que fazer, o sujeito estava armado.

Finalmente o chefe chega a ficar cara a cara com Hass. Dá-lhe um soco na barriga, e uma coronhada no ombro. Hass olha furioso para o sujeito, mas sentira os golpes. O chefe começa a carregá-lo, e parte em direção a porta, para seu carro. Queria sair dessa confusão o mais rápido possível.

Quando o chefe se aproxima da porta de entrada do galpão ele observa todos seus homens estirados no chão, sem resquícios de brutalidade, ou furos pelo corpo. Pareciam até que estavam dormindo… A questão é… Que de alguma maneira Kadabra derrotou todos os seus capangas, e que agora estava sozinho diante dessa ameaça.

-O-ooque? Como é possível?! Todos eles… Você matou todos eles?!

-Sim. Eu disse para você que ia matá-lo, agora vê que eu não estava mentindo…

-Você não é humano! Tudo o que você fez, não é possível a um ser humano!

-Talvez você tenha razão… Mas a questão é… Você deixou esse ‘’monstro’’ furioso, e agora vai pagar com sua vida!

-Pare! Pare agora se não atiro nesse cara aqui!

-Você não faria isso, precisa dele. E se por hipótese, você fizer isso, pode ter certeza que eu proporcionarei a pior morte possível que alguém possa ter.

O chefe desmonta no chão junto a Hass. Nunca teve tanto medo como naquela hora. Sua mente não funcionava mais, não sabia se fugia, se partia pra cima de Kadabra, não sabia o que fazer. Então ficou imóvel.

-Bem, quase ia me esquecendo… Me responda agora! Pra que você queria as vinte bombas?!

O chefe ainda não falava nada. Estava traumatizado, seu raciocínio estava mais lento do que de um recém-nascido, ele não fazia nada.

-Bom, acho que vou ter que descobrir sozinho então…

Kadabra olha fixamente para o chefe… O chefe parece ser levantado por uma energia de coloração azul, que rodeava todo seu corpo. Ele se levanta, se mantém imóvel, a energia ainda o rodeava. Seus olhos se mantêm imóveis, sem piscar. Parecia que o chefe estava em transe, hipnotizado.

Kadabra agora pergunta novamente para o chefe, qual era a finalidade das bombas:

– Vou perguntar pela ultima vez, pra que você quer vinte bombas?! Explique-se detalhadamente.

O chefe começa a falar, parecia mesmo que estava hipnotizado. Ele explica por que queria tantas bombas assim:

– Preciso das bombas para botar fim a nossa gangue inimiga, eles estão crescendo e agindo no meu território, preciso destruí-los!

Após o sujeito falar isso Hass começa a se pronunciar, estava meio desorientado ainda pelos golpes que levou, mas isso não o parou, e Hass se dirigiu para o sujeito:

– Precisa destruir seus inimigos?! Precisa destruir seus inimigos?! Os coeur´s são seus inimigos! Eles que fazem a gente trabalhar feito louco, pra ter essa vida sofrida como a nossa, enquanto se aproveitam de nossa riqueza gerada, e brinca conosco como se fossemos bonequinhos baratos… Eles são seus inimigos, eles são meus inimigos… Eles são os inimigos de todos nós!

O chefe ainda em estado de hipnose fala para Hass:

Não há o que fazer, se quisermos ter uma vida melhor do que essa, temos que pisar ainda mais em nossos companheiros slavos, não tem outro jeito. Ou somos nós, ou eles…

Hass parte meio com dificuldades para perto do chefe. Fica cara a cara com ele, e lhe dá um soco tão forte, mas tão forte,que o chefe fica no chão e não se levanta mais.

-Tenho nojo de você. Há uns dias atrás, eu não me importaria com isso… Estava tão frio… Não era eu. Depois que vi Kadabra, arriscando a vida dele, para me salvar… Eu… Que ele nem conhecia. Ele acreditou em minhas palavras, e fez o que ele achava certo, mesmo que essa fosse à jornada mais difícil, e que podia perder sua vida nela…

A energia que rodeava o chefe sumira, ele ainda estava consciente. Confuso, mas consciente. Ele demora alguns segundos para entender tudo o que acontecera. Mas lembrava de tudo, principalmente o que Hass falara a pouco para ele…

– Háháhá… Falar é fácil… Mas você não passou pelo que eu passei. Perdi tudo. Minha família, meu dinheiro, minha dignidade, simplesmente tudo. Passei fome, sofri desprezo, indiferença. Depois foi acontecendo com mais gente ao meu redor, são esses os mesmos que esse seu amigo demônio matou. A vida não é fácil, e idealizadores serão idealizadores mesmo quando passarem por tudo isso e ainda ter a vontade de mudar tudo…

Hass para, pensa. Entende a situação do sujeito, entende muito bem alias. Pensa mais um pouco, e conta a sua história para o chefe:

– Sabe rapaz, eu não sou do jeito que você pensa… Também passei por dificuldades… E sem dúvidas, a pior de todas foi a perca de minha família. Elas precisavam de ajuda médica, talvez agüentassem se fossem atendidas logo. Mas os coeur´s reuniram todos os médicos para uso próprio, não deixou ninguém ser atendido primeiro que eles, seja o tão grave fosse. Depois disso eu apodreci. Vim para a cidade central em busca de vingança, e você era minha fonte de dinheiro para tentar algo contra eles…

– Mas agora… Eu percebi que é suicídio tentar algo sozinho contra eles… E mesmo assim, minha família não voltará se eu obtiver sucesso. Tem gente que se preocupa comigo ainda, principalmente a Rose. Não posso simplesmente jogar a minha vida fora assim, assim não… Vou fazer o possível para que casos como o meu não ocorra com outros slavos… Que a dor que eu sinto agora, nenhum homem digno sinta mais… Vou lutar por eles… Eu e os que estiverem dispostos a mudar a realidade!

– Melhor final eu não poderia escolher… Irei morrer para uma pessoa de valor, diferente de mim… Vamos… Mate-me! Faça de mim o começo dessa revolução!

– Espere… Não pretendo te matar… Eu entendo sua situação, poderia eu estar no seu lugar agora… Vamos, levante rapaz!

– Não, eu já estou apodrecido de uma maneira que não tem mais volta… E outra… Esse demônio miserável matou todos meus companheiros… Não tenho motivos para viver mais… Ande, mate-me! Mate-me ou atirarei em você!

-Hass… Mate-o. Parece maldade, mas é o melhor que você fará por ele. Vá, deixe ele morrer pelas mãos de um homem que irá mudar a realidade! Ande, pegue essa arma… – diz Kadabra.

– Ande logo… Mate-me! Me veja como o primeiro ‘’vilão’’ abatido. Comece a mudar a realidade agora mesmo!

– Esteja em paz meu amigo… Eu realmente não queria fazer isso com você…

E um disparo é realizado, Hass acabara de matar o primeiro de muitos, para realizar o objetivo maior. O objetivo de tornar a nossa realidade impar do que a existente hoje.

-Hass… Você fez o certo… Mas vem cá, o que vai fazer agora, que mudou de objetivos?

– Eu não sei… Tenho que honrar a minha palavra… Não deixarei que a morte dele seja em vão. Mas não sei o que vou fazer a partir de agora…

– Então venha morar comigo! Eu trabalho só nos finais de semana, nos meus shows… O resto do tempo ou eu invento novas atrações, ou fico sem fazer nada mesmo… Vai ser bom ter você por aqui…

– Talvez você possa me ajudar nos meus shows! Assim como fizeram comigo… Apelidaram o meu show. Apelidaram-no de Chazan!

– Belo nome… È aquela palavra mágica não?! Que faz algo virar outra coisa… Interessante…

– Mas me explique agora Kadabra, o que foi aquilo?! Você é mesmo um demônio?!

– Háhá… Pelo que eu saiba, eu não sou! Aquilo é resultado de minha anormalia… Ou de minha mutação… Não sei ao certo por que, mas eu tenho-a. Isso já faz parte de mim, consigo fazer coisas impossíveis com essa habilidade que tenho… Acho que controlo a energia das coisas… Já pensei nisso também. Pensei por que vejo um rastro que parece de energia, de tom azulado… Só sei que posso fazer coisas incríveis mesmo!

– Com o tempo, você irá ver tudo o que eu posso fazer…

Hass acaba de contar sua história para Rose, e também para a mulher desconhecida ao seu lado. Rose escuta a história de Hass com atenção e começa a ligar os pontos. Após alguns instantes Rose faz um movimento brusco, demonstrando seu espanto. Ela chegara a uma conclusão:

– Meu Deus! Hass… Meu filho… Você faz parte desse tal grupo Chazan que todo mundo fala por aí?!

– Além de fazer parte, fui um dos criadores e um dos atuais demônios do grupo!

– Hass… O que você virou?! Matando tanta gente assim… Você não vê que isso não vai levar a nada… A não ser mais sangue derramado?!

– Como assim Rose?! Nós somos os únicos que estão tentando se defender dos abusos que os coeur´s fazem… Olhe como o mundo está… Totalmente desregulado! E outra… Somos a única esperança de muitos slavos que acreditam em nós… Pensei que você também acreditaria em mim… Mas pelo que vi, estou enganado.

-Hass meu querido… È claro que eu confio em você! Mas eu fico preocupada com você… Você pode morrer em um desses conflitos com os San´s… Eu não quero te perder novamente!

– Estou lutando por uma causa maior Rose. Se conseguirmos alcançar nossos objetivos, e minha vida for sacrificada no andamento dessa realização… Eu ficarei satisfeito em ter servido o Chazan e conhecido você Rose…

– Não diga isso Hass! Prometa-me que se voltar para o Chazan, e que é o provável… Prometa-me! Prometa que vai se cuidar!

– Hahahahaha… Pode deixar Rose, tomarei mais cuidado de agora em diante…

A mulher misteriosa se manteve calada todo esse tempo. Não queria se intrometer no re-encontro de Hass e Rose. Mas no momento em que os dois terminara a conversa, essa tal mulher misteriosa toma partido:

– Não sei nem como pedir isso a você Hass… Mas por favor, me leve com você para o Chazan!

Hass se surpreende. Não esperava jamais um pedido de alguém para entrar para o Chazan. Ele tenta não ser indelicado com essa mulher misteriosa dizendo:

– Agora sou eu que não sei o que dizer! Não posso deixar que você se envolva nessa guerra…  E vou ficar por uns tempos aqui… Preciso que Rose me ensine e mostre tudo o que eu não conheço ainda… Agora com inimigos mais fortes, tenho que me tornar mais forte também… Então lhe peço Rose… Ensine-me tudo o que eu perdi nesses anos de ausência!

– Espere Rose, deixe-me falar primeiro! Olhe Hass, talvez não pareça, mas posso ser muito útil nas batalhas… E depois que você partiu, eu me tornei a melhor aprendiz de Rose! Tudo o que você precisa saber, eu sei! Deixe-me te ajudar nessa batalha!

Hass fica surpreso. Resolve dar uma gota de esperança para a mulher…

– O tempo em que eu ficar aqui, analisarei você… Parece que já está a par dos riscos que irá correr caso volte comigo… E também parece que tem motivos para querer acabar com os coeur´s…

– Lótus, não faça isso minha querida! Não vai arriscar sua vida, não seja louca! Eu já tenho preocupação demais com o Hass nessa história… Não me faça preocupar-me mais ainda! – diz Rose.

– Não Rose… Eu já decidi, eu irei com Hass e serei um membro do Chazan! Não há nada o que você ou alguém possa fazer sobre isso… Agora venha Hass… Vou lhe mostrar tudo o que você queria ou precise saber…

To be continue…

Silêncio por alguns instantes. Tanto Hass quanto Rose estavam surpresos. Foi quando a jovem mulher misteriosa se pronunciou:

– È… Quem é você?

Ainda silêncio. Hass demora alguns segundos para sair do transe. E logo responde á pergunta da jovem:

– Ah! Aconteceu de novo… Desculpe-me, me chamo Hass.

È vez de a jovem ficar espantada. Ela não diz nada, sempre quis conhecer Hass, e nunca pensou que este momento chegaria. Rose ainda não falava nada.

– Eh… Hmm… Faz tanto tempo, não sei ao menos o que te dizer agora Rose…

– Hass! Que bom que você está bem meu filho! Depois daquilo… Não soube mais de você, não sabia ao menos se estava vivo… – diz Rose.

– Me desculpe Rose, depois que perdi minha família daquela maneira eu enlouqueci. Na verdade perdi o brilho da vida e o sorriso característico meu. Desde aquele momento perdi a vontade de viver, mas… Agora é diferente.

– Como assim, diferente meu filho?

– Depois que Ann e Aurora morreram, eu decidi ir para longe, vendi tudo o que tinha e fui para a cidade central, era um lugar novo, onde ninguém me conhecia, e eu não conhecia ninguém. Além de que o conselho coeur´s encontrava-se naquela região… Eu queria vingança.

Rose olha para Hass com olhos de uma mãe decepcionada, embora não fosse a verdadeira mãe de Hass, Rose era considerada como uma por ele.Hass passava a maior parte do tempo  ao lado de Rose , trabalhando no laboratório.

– Hass meu querido, você não cometeu nenhuma besteira né?! Você não está aqui por que está sendo perseguido ou algo parecido, não é mesmo?!

– Calma Rose eu vou explicar. Tinha acabado de desembarcar na cidade central, ainda possuía um pouco de dinheiro. Eu me sentia frio, lúcido. Estava tentando bolar uma maneira para acabar com o conselho, mas não me surgia alternativas para tal. O tempo foi passando, e meu dinheiro acabando. Tive que arrumar um serviço, pensei que com minhas habilidades com botânica e química poderia ganhar dinheiro facilmente.

Hass diz como foi sua vida na cidade central e de suas dificuldades nela. Explica que precisava de dinheiro, e muito dinheiro.

– Primeiramente fui á um laboratório químico de pesquisas, eles até estavam aceitando novos trabalhadores, mas o salário era muito baixo para que eu pudesse atingir meus objetivos. Perguntei para um dos rapazes que trabalhava lá, aonde que eu poderia conseguir dinheiro bom e rápido. Ele me informou sobre uma organização de ladrões, que sempre pediam amostras químicas para o laboratório, me deu o endereço e disse para eu tomar cuidado.

– Estava animado, era minha oportunidade. Cheguei ao local, um clima pesado, eram pessoas estranhas, com parafusos a menos. Entrei cabisbaixo, tentando passar uma idéia de que estava pronto para obedecer, como um animal.

– Nossa Hass… Você passou por apertos assim, as vezes acho que tomei a decisão errada em te deixar sozinho naquela época, quando aquela desgraça aconteceu… – diz Rose.

-Acho que naquele momento Rose, eu não era o Hass. Era outra pessoa, uma pessoa não muito boa, movida apenas por vingança. Creio que não adiantaria de nada, você agir de maneira diferente. Como disse… Aquele não era eu.

Hass continua com sua história, dizendo o que houve naquele local que o rapaz do laboratório o tinha recomendado.

-Continuando a história… Eu entrei no barracão, aqueles sujeitos me assustavam. Não sabia com quem falar, quando um sujeito incomum dirigiu-se a mim:

– Quem é você cara? Aqui não é lugar para você passear, suma daqui!

-É… Desculpe-me… Estou aqui por que fui recomendado, sou químico, soube que vocês precisavam de amostras químicas…

– Ah… Então pegue uma cerveja, entre aqui… Estamos precisando de alguns compostos… Para fabricação de bombas, você acha que pode fazer?

-Claro! Isso é simples, só preciso de alguns materiais, que fabrico o que vocês precisarem…

-Ótimo, faça a lista e me entregue amanhã, o quanto antes irei atrás dos materiais e logo em seguida você começa a produzir as bombas…

-Tudo bem, nos vemos amanhã.

Hass explica detalhadamente sua história para Rose, de como foi sua noite, aonde dormiu, o que comia por lá… E logo seguiu dizendo de como foi quando voltou para o barracão, onde se encontrava os bandidos.

– Olá… Estive ontem aqui, eu sou o químico. Está aqui a relação dos materiais que são utilizados na fabricação de bombas, traga-os para mim e terá suas bombas.

– Essa relação é para fabricar uma bomba?

-Sim. Esses são os materiais necessários para fabricar apenas uma bomba.

– Entendo, trarei 20 vezes mais então.

Hass se surpreende, pensava onde aquele sujeito iria usar 20 bombas, com essa quantidade ele era capaz de explodir um quarteirão inteiro. Porem, Hass não estava se importando mais com nada, apenas queria dinheiro para conseguir destruir o conselho coeur´s.

– Sem problemas, farei as 20 bombas. E… Quanto eu vou receber para fabricá-las?

– Quanto acha que seu trabalho vale?

– Em torno de 12,000. Mas aceito números por volta de 9,000.

-Ah… Você aceita…

– Sim, aceito.

– Fechado em 9,000. Quando acabar de fabricá-las, lhe dou o dinheiro.

– Ok.

Hass desconfia do sujeito. Ainda era tempo de instabilidade, principalmente econômica. Mesmo se tratando de uma gangue, 9,000 era uma quantia considerável, porém dentro do custo de fabricação das bombas. Além disso, Hass se pergunta por que o sujeito confiara nele, poderia ter estipulado uma quantia maior, como 15,000. Ele percebe que há algo errado, mas movido pela ambição de conquistar seu passe para a destruição do conselho, ignora a realidade.

Já de tardezinha, o sujeito chega ao barracão. Junto a ele chega um caminhão, era onde estavam os materiais para fazer as bombas. O caminhão era personalizado, continha adesivos por toda a parte, aqueles que servem para identificar de que empresa é o caminhão. O caminhão era de uma fábrica de produtos químicos. Hass logo percebeu que o caminhão era roubado.

Hass decidiu se calar, qualquer pergunta ou desconfiança poderia trazer sérios problemas para ele. Hass se senta, e começa a pensar sobre a situação. A marca que estampara o caminhão era conhecida mundialmente, Rose em seu laboratório sempre usava alguns produtos dessa empresa. Se o caminhão fosse mesmo roubado, a força san´s não tardaria a aparecer, e seus planos para destruir o conselho iria se complicar ainda mais.

Hass decide desistir da quadrilha de ladrões e de fabricar as bombas para eles. Tenta sair sorrateiramente do barracão, mas era o homem mais procurado naquele momento. Não houve escapatória. O sujeito estranho se dirigiu a Hass, dizendo para começar o serviço.

Hass sabia que estava perdido. Tentou convencer o sujeito de que ele só iria buscar alguns instrumentos em sua casa, que logo voltava para o barracão, mas se complicou ainda mais com essa mentira.

– Vejo que já chegou os materiais… Agora que vi! Esqueci alguns instrumentos essenciais para fabricar as bombas, vou até minha casa, não é longe daqui… Volto daqui alguns minutos… – diz Hass.

– Não tem problema! Eu te levo até lá, estou de carro… Vai ser mais rápido.

– Não precisa, é pertinho daqui… De carro você terá que fazer um grande contorno… Não quero dar trabalho, peço que adiante a retirada dos materiais, vamos fazer essas bombas o mais rápido possível.

– Trabalho nenhum! Vamos… Anda logo, suba no meu carro!

Hass não vê saída. Teria que sair com o sujeito. Se quisesse sair do esquema da quadrilha, nunca poderia levar o sujeito até sua verdadeira casa. Hass elabora um plano, que tinha tudo para não dar certo.

– Minha casa é logo ali… Pode me deixar aqui, há um grande buraco no asfalto logo a frente, está escuro… Por isso não dá pra vê-lo.

– Está tudo bem, vá e pegue o que precisa. Eu espero aqui, qualquer coisa venha e peça minha ajuda.

– Fique tranqüilo. São instrumentos leves… Deve ser por isso que os esqueci. Não demoro, já estarei de volta.

– Ok.

Hass coloca seu plano em prática. Não conhecia a região… Elaborou um plano de fuga, nunca correu tanto em sua vida. Tentou se distanciar o máximo que pode. Mas logo o sujeito suspeitara de sua demora, e descobriste o plano de Hass.

O sujeito chama seus capangas, era início de uma perseguição. Os capangas do sujeito usavam motos, para facilitar na busca de Hass. Cercaram o perímetro, e iam avançando simultaneamente, encurralando-o.

Hass entra em um galpão, estava semi-aberto. Aparentemente não havia ninguém, Hass procurava um bom lugar para se esconder.

O galpão era usado provavelmente para apresentações. Era dividido ao meio por uma parede de concreto, sendo ligado apenas por uma porta dupla. Na parte esquerda, onde Hass entrara havia um palco ao fundo, era o lugar aonde ocorriam às apresentações.

Era impossível se esconder naquela parte, era um lugar aberto. Hass se dirige para a outra parte, por sorte a porta dupla estava aberta. Passou pela porta meio alvoroçado, estava com pressa para se esconder. O barulho que produziu acordou o homem que estava dormindo. O homem era jovem, aparentava ter não mais do que 25 anos. Ele acorda assustado, seu raciocínio ainda não estava estabilizado, ele apenas observa Hass.

Hass se enrola com as palavras, tenta explicar sua situação de maneira rápida e sustentável. Pede ajuda para o jovem rapaz, que havia acabado de acordar.

-È… Hm… Entrei numa furada, mas sou inocente! Agora tem um grupo de bandidos me perseguindo, por favor, ajude-me!

– Posso confiar mesmo que você é inocente, só preciso saber isso, para te ajudar.

– Sim, juro que sim! Agora… Esconda-me, por favor!

– Esconder?! Você acha mesmo que irão parar de persegui-lo depois de hoje?! Irão parar somente quando você estiver morto!

– E… O que eu faço, estou sem saída!

– È eles ou você, defenda sua própria vida! Mas fique tranqüilo, te ajudarei… Acho que dou conta de todos eles.

– O que?! Está maluco? Não há menos de 15 homens a minha procura, devem estar armados até os dentes, como você poderá vencê-los?!

– Fique tranqüilo, com certeza virão a nossa procura, quando chegarem, verá do que sou capaz!

Hass sente que o jovem rapaz não estava brincando, estava determinado a acabar com os bandidos. Parecia que tinha algum grande truque na manga, um truque tão grande que poderia salvar os seus pescoços.

Hass sente-se protegido ao lado do jovem homem, seu coração petrificado pela tragédia Espoir parecia que estava sendo derretido, voltando a ser como era antes. Não sabia como o jovem iria salva-lo dessa enrascada, mas confiava nele, e no fundo, sabia que sairiam dessa.

– Enquanto eles não chegam, deixe-me conhecer melhor a quem estou salvando… Comece dizendo seu nome, pois não tenho do que o chamar.

– Acha mesmo apropriado estarmos tão relaxados assim, poderemos ser pegos de surpresa…

– Você não confia em mim?! Pode ficar tranqüilo, é…

– Confio sim! Me chamo Hass, sou das regiões agora conhecidas como A1.

– Nada mal! Queria eu ter um nome assim…

– Obrigado… Mas qual é o seu nome?!

– Eu não tenho um nome. Ou talvez tenha e não consigo me lembrar dele. Mas sou conhecido como Kadabra, por fazer minhas apresentações. Os pobres coitados acham que eu sou mago, ou algo parecido… Por isso me apelidaram de Kadabra…

– Entendo… Nossas histórias não são felizes, não é mesmo?!

– Por que diz isso Hass? O que aconteceu na sua vida?!

– Quando ocorreu o grande desastre Espoir minha família foi ferida em um dos acidentes. Elas resistiram… Procurei ajuda médica para elas, mas os coeur´s reuniram todos os médicos de minha terra, para poderem atendê-los primeiro. Nenhum dos coeurs teve piedade de minha família, nos descartaram como se fossemos lixo, e minha família morreu.

– Depois de um curto período pensando, vim para cidade central… Estou aqui faz algumas semanas… Vim aqui especialmente para destruir aquele maldito conselho coeur´s. Se tivessem compaixão, talvez minha família pudesse estar aqui…

– Sua história é triste… Mas como se meteu nessa furada?!

– Eu preciso de dinheiro para qualquer plano que eu possa ter para destruir o conselho. Estava atrás de dinheiro bom de uma forma rápida. Como sou químico e botânico, esses bandidos queriam que eu fizesse 20 bombas para eles. Desconfiei das atitudes deles, além de quase poder afirmar que roubaram produtos de uma grande empresa química. Eu corri como nunca, mas vi capangas de moto a minha procura, seu galpão foi a primeira opção que eu tive… E agora aqui estou.

– Como já sabia você realmente é inocente… Bom, vamos acabar logo com isso, vamos ao encontro desses sujeitinhos…

– Você tem cert… Certo, vamos então!

Hass não desconfiava mais das capacidades de Kadabra, acreditava nele de uma maneira impossível de se explicar. Ele sentia que tudo que Kadabra dizia era verdade.

Hass fica na guarda de Kadabra, que avança calmamente para onde os capangas poderiam o ver. Não demora muito e um dos capangas avista Kadabra, e chama os seus companheiros para armar a emboscada.

Sem saída. Por todos os lados havia motoqueiros, e ainda chegavam mais. Estavam esperando seu comparsa, o mesmo que estava de carro com Hass. Ele chega, e a confusão se inicia.

To be continue…

Hass parte de avião rumo à área A1, ao laboratório de Rose. O tempo estimado de viagem, segundo o piloto é entre três á quatro horas, sem problemas climáticos ou mecânicos. A viagem segue tranqüila, sem nenhum contratempo e no tempo estimado Hass chega próximo ao laboratório de Rose.

– Nossa… Quanto tempo faz? Como está diferente por aqui… Estou com receio de ver Rose… Como será que eu vou ser recebido por ela?

Hass observa ao redor, não conhecera mais a região onde ficara boa parte de sua vida, onde aprendeu grande parte de seus conhecimentos que agora já não eram suficientes, e onde esperava obter mais ensinamentos.

O laboratório de Rose não fica muito distante do local aonde o avião pousara, dava-se para observar o grande prédio á olho nu, no horizonte. Hass parte a caminho do laboratório a pé, impunha um bom ritmo, não demoraria muito tempo para chegar ao seu destino.

Minutos depois Hass chega ao laboratório, analisa o prédio, estava bem ampliado desde sua saída, fora as reformas e melhorias. Hass paralisa por um instante, mas logo parte em direção a porta principal, seu encontro com Rose estava próximo.

Hass entra no laboratório. Logo ao entrar se depara com uma imensidão verde, milhares e milhares de espécimes. Para um amante de botânica, caso de Hass, aquela visão era incrível e inspiradora. Hass se maravilha com tamanha a grandeza e quantidade de plantas que não percebe ao menos a pequena equipe de botânicos de Rose, que estava presente na área.

– Desculpe senhor, posso ajudá-lo em algo? – diz um dos botânicos.

– Me desculpe! Fiquei maravilhado com o laboratório de Rose, não estava assim desde a ultima vez que estive aqui…

– Ah! Então você conhece a Rose?! Ela é proprietária do prédio e líder do nosso grupo de pesquisas.

– Sim. Eu era um aprendiz de Rose, tudo que sei devo a ela. Gostaria de vê-la novamente… E pedir um favor a ela… Ah! Ia me esquecendo… Prazer… me chamo Hass.

– Como?!  Você é o lendário aprendiz de Rose, que iria assumir o comando do laboratório?

-…

– Ah! Desculpe-me… Vou levá-lo ao encontro de Rose, ela ficará feliz em ver que seu melhor aprendiz retornou – completa o botânico.

Hass segue o botânico, estava o levando para uma estufa especial, era onde Rose ficava, na sala das plantas modificadas.

– È aqui Hass, esse é o lugar onde Rose passa a maior parte do tempo, suas novas pesquisas envolvem a modificação de plantas, essas pesquisas irão revolucionar a botânica.

– Agora não tem mais como adiar meu encontro com Rose… Obrigado rapaz, me deseje boa sorte.

Hass se dirige a estufa, estava nervoso, seu coração estava acelerado, era a hora de se encontrar com seu passado, passado esse que lhe trás tantas tristezas e saudades. Ele vê Rose diante de seus olhos, seu corpo paralisa, vê também uma jovem mulher ao lado de Rose, não faz idéia de quem seria tal pessoa.

Na base Chazan, Liffy esperava a chegade de Oz para anunciar o novo sistema do Chazan. Alterações drásticas seriam tomadas, e todos os membros deveriam estar cientes disso. Não mais tardar Oz chega à base.

– Olá pessoal. À uma hora dessas, Hass já está a caminho do laboratório de Rose. Espero que ocorra tudo bem por lá – diz Oz.

– Oz, eu pedi pra você voltar aqui por um motivo. Apresentarei o novo sistema Chazan. Estamos crescendo, e precisamos nos organizar melhor, além de nos proteger de possíveis sabotagens – explica Liffy.

Liffy pede para Oz juntar-se aos outros, tinha planejado uma apresentação, e iria demonstrá-la naquele momento.

Liga-se o monitor, era uma apresentação áudio-visual. Consistia em estatísticas, prós e um número muito reduzido de contras (Liffy sempre procura a melhor saída, com menos falhas. Diz sempre, ‘’ Nada é perfeito, mas pode chegar muito perto de ser’’). Liffy ao mostrar cada slide, fazia um breve comentário, deixando a explicação principal ao termino da apresentação.

– Bom pessoal, apresentei a todos vocês o novo sistema Chazan. Explicarei agora, de uma forma menos formal, o sistema.

– Nós crescemos de uma forma extraordinária, que é ótimo. Porém, essa grande demanda de novos membros, sobrecarregou nossa maneira de organização, que até então não era muito complexa.

Liffy continua explicando o novo sistema, que não envolvia grandes tecnologias e dependência de instrumentos avançados. O sistema consistia mais em uma elaborada organização, como se fosse as antigas estratégias dos grandes gênios da guerra, que em muitas vezes venciam guerras em desvantagem.

Continuando a explicação oral, Liffy diz:

– Atualmente possuímos seis instalações, sendo a indústria a maior, e a nossa central. Pois bem, vamos subdividir nossos membros entre as seis instalações, usando como métodos de divisão a utilidade de cada membro. Ocorrerá também, um novo cadastramento, utilizaremos de nomes falsos em nossa própria base, com o intuito de não revelar a identidade dos nossos membros, diante de uma possível sabotagem.

– O Chazam está muito reconhecido, no mundo inteiro. Com isso, várias pessoas procuram meios de fazer parte dele. A aceitação de novos membros será apenas feita por recomendações de membros já no Chazan. Além da recomendação, será realizado um teste de aptidão, pois não podemos dar responsabilidade a alguém que não nos terá utilidade, além de que não queremos colocar vidas inocentes em perigo.

– Uma ultima observação. Nossos ataques serão realizados simultaneamente, sempre mantendo uma prioridade. Ataques simultâneos confundem os inimigos, além de dispersá-los.

– Bom pessoal, por início é só. Estamos em mudanças, Hass está em seu treinamento, e Thor pretende viajar em breve também. Além de Kadabra, que procurará meios de se fortalecer. Por hora, é só. Vamos dar um passo de cada vez.

Liffy termina sua apresentação, o sistema foi muito bem aceito por todos. Começavam a se mover, para participar dos planos do novo sistema.

Enquanto isso, Blade continua com sua investigação. Acessa o banco de dados do QG sans´s, procura também novamente no GD, mas não encontra nada de novo sobre o plano do velhote Henri.

Blade desmonta sobre a mesa, estava exausto, várias horas pesquisando, pesquisando e pesquisando. Pensa ter feito o máximo possível, porém precisa de mais informações.

Quando Blade ainda estava nessa pequena reflexão Os Quatro chegam a sua sala:

– Levante-se Blade! – diz o número dois.

– O-ii! O que eu posso ajudar?

Blade não esperava a vinda dos Quatro a sua sala. Ao mesmo tempo em que respondia as perguntas deles, refletia sobre o porquê de estarem ali, e se deveria ou não perguntar sobre os planos para a destruição do Chazan.

– O que será que vieram fazer aqui? Será que possuem novidades sobre o plano? Não vou perguntar se não começarem a falar sobre o ataque, parecerá suspeito de minha parte – reflete Blade.

– Olá Blade. Estamos aqui por um motivo, para lhe avisar que Hunter e Falco estão a caminho para cá. Talvez amanhã já estejam por aqui. – fala Henri.

– O que? Esses dois mistérios já estarão aqui amanhã! Que diabos são eles?! Por que o velhote confia tanto na eficiência desses dois mercenários?! – reflete Blade.

– Ah-hmm… Que ótimo senhor! Com a chegada deles podemos adiantar nossos planos, e realizar nossa investida contra o Chazan.

– Ainda não. Nossos soldados de elite ainda estão sendo preparados. Levará um tempo até acabarem o treinamento, mas acho que Hunter e Falco já dariam conta do recado – pronuncia-se novamente o número dois.

– Como? Está me dizendo que a força de apenas dois homens é mais forte de que todos nossos soldados de elite?! Por que confiam tanto nesses dois? – arrisca Blade.

– Simples. Esses mesmos dois homens é quem realizam o trabalho sujo do conselho de coeurs. São os melhores quando o assunto é matar – diz o numero um.

Blade fica impressionado com os mercenários. E pensa consigo mesmo:

– Se o conselho tem relações com eles, normais eles não são. De qualquer maneira, verei com meus próprios olhos amanhã. Não sei se vou até o Chazan contar-lhes o que eu sei, ou se espero até amanhã, quando Hunter e Falco chegarem, assim poderei ter mais informações.

– Entendo Senhor! De qualquer modo, estou à disposição de vocês para o que precisarem – Blade se dirige aos quatro generais-mores.

– Hmm… Era só isso Blade, pode trabalhar tranquilamente agora. Qualquer novidade lhe informaremos. – diz Henri.

Os Quatro saem da sala. Blade estava mais confuso e curioso do que já estava. Resolve esperar até o dia seguinte para colher mais informações, para que assim vá a base Chazan. Blade realmente estava preocupado com os mercenários, perguntava-se como eram eles e quão destrutivos poderiam ser.

To be continue…

Oz retorna a sua empresa, e começa a providenciar tudo para viagem de Hass. Tal empresa situava-se próxima à fábrica principal, e de porte maior, que fabricava os remédios.

Chegando a sua sala, Oz pede para que uma de suas secretárias chame Foster, o assessor de Oz. Pouco tempo depois Foster chega à sala:

– Olá Oz, você saiu sem avisar nada… Fiquei preocupado, e não é a primeira vez em que isso acontece…

– Sim, realmente tenho estado fora sem avisar, estou resolvendo problemas particulares, acho que não devo satisfação do que eu faço para ninguém, pelo contrário, todos aqui em sua hora de trabalho são quem deve devidas satisfações – Responde Oz.

Foster fica espantado, nunca esperava tal resposta de Oz, sabia que não tinha intimidade com ele, porém pensou que Oz tinha uma consideração maior por ele.

– Desculpe Oz, não tive a mínima intenção de bisbilhotar sua vida, se lhe incomodei, realmente peço desculpas… Só pensei que havia mais intimidade entre nós dois, já que sou considerado seu braço direito aqui na empresa.

-Acho que peguei um pouco pesado com você Foster… Eu que peço desculpas. É verdade que você é uma das peças vitais da fábrica, porém… Estou meio ocupado esses dias, além dos meus assuntos pessoais… E você sabe, quando assumi o controle de tudo, ninguém me ajudou, encorajou ou me deu confiança, então aqui a relação é chefe e empregado.

– Entendo Oz, mas espero que nos tornemos amigos, pode sempre contar comigo.

-Entendo… Mas lhe chamei aqui por um motivo Foster, quero que você prepare um avião o mais breve possível, quando estiver tudo preparado me avise.

-Entendido, com licença.

Oz espera Foster sair para ligar para Hass e dar as notícias da viagem:

-Hass?

– Olá Oz! Como estão indo as preparações da viagem?

– Já tomei as devidas providências, quando o avião estiver pronto irei te buscar ai no QG do Chazan, não deve demorar, arrume tudo por aí.

-Que rapidez Oz! Pode deixar, já deixei tudo separado, não vejo a hora de reencontrar a Rose, quero fazer uma surpresa a ela, não avisei nada sobre a viagem… E não a vejo desde o desastre Espoir… Espero que esteja tudo bem com ela…

-Espero que sim Hass… Quando o avião estiver pronto eu retorno a ligar para ti, até mais.

Enquanto Hass se preparava para a viagem, General Blade inspecionara o GD. Nele havia instruções de batalha, além de estar detalhadamente explicado o número de soldado da elite san´s e a presença de um pequeno grupo de mercenários, os mesmos que os quatro (os generais-mores) haviam mencionado.

– Engraçado… Neste GD contém apenas instruções de batalha e informações sobre os soldados… AH! E esse famoso grupo de mercenários… Achei que fosse um número maior, mas virá apenas dois deles… – Blade conversa consigo mesmo.

– Porém… No GD só revela os nomes dos mercenários, não relata nenhuma habilidade ou informações especiais, o que será que Os Quatro estão planejando?!

Hunter e Falco. Apenas isso estava na descrição dos mercenários. Blade tenta descobrir algo a respeito sobre eles no sistema do QG san´s, porém, nada encontra.

– Como era esperado, nenhuma informação sobre eles. Provavelmente devem ter apagado os registros deles, apenas Os Quatro tem poder para isso… Mas por que apagar os registros dos mercenários?!

Nas indústrias farmacêuticas o transporte de Hass já se encontra preparado. Foster vai à sala de Oz para lhe informar do avião:

– Oz… Como o senhor pediu o transporte já está pronto.

-Entendo… Bom trabalho Foster, pode ir agora.

Oz liga para Hass, para avisar que já está tudo preparado, além de avisar que estava indo buscá-lo.

– Alô? Hass?

– Sim! Eaí Oz, o avião já está preparado?

– Sim. Estou ligando para avisar que estou indo te pegar, prepare tudo.

-Entendi, e… Mais uma vez obrigado!

– Nos encontramos aí, até breve.

No QG do Chazan, Hass se despede de todos. Primeiramente dos demônios e, logo em seguida, da grande massa:

– Kadabra, Thor, Liffy… Chegou à hora do meu treinamento. Oz me ligou agora a pouco avisando que está a caminho do Chazan para me buscar. O XR8 não deve funcionar a grandes distancias… Por isso vou deixar um numero de contato, caso aconteça algo e precisem falar comigo – diz Hass.

– Kadabra, Thor, vocês que também irão treinar fora para aumentar vossas habilidades, desejo sucesso. Espero que quando eu voltar, não veja vocês nesse nível tão baixo de habilidades – brinca Hass.

– E quanto a você Liffy, assim como o Blade irá continuar a exercer seu papel, afinal quem move o Chazan são vocês. Espero que se saia bem na elaboração do novo sistema… Quero chegar aqui e ver tudo novo, e melhorado, claro! Agora só não vou conseguir me despedir do Blade, tentei ligar pra ele, mas me pareceu que estava ocupado…

Hass se encaminha aos membros que estavam na indústria, esconderijo do Chazan.

– Hoje é o dia em que partirei em busca de novos conhecimentos e habilidades, membros do Chazan. Espero que, por mim, pelos demônios, por vocês e pelo Chazan voltar com um nível bem acima do que me encontro agora, me esforçarei por todos. Bom não tenho mais o que falar, só espero que o que eu disse, possa cumprir – finaliza Hass.

No QG dos san´s Blade ainda examina o GD, tenta descobrir algo mais, para assim poder avisar os membros do Chazan.

– Segundo esse GD, irão atacar o Chazan todos os soldados com treinamento de elite… Preciso desses dados, espero que não sejam muitos além do que imagino… Talvez quatro ou cinco vezes o número do que os rapazes lutaram… Ainda é um problema… E mais, tem esses misteriosos Hunter e Falco… O quão poderosos eles são?

Blade entra no sistema novamente, a procura dos dados da elite. Ao ver os números fica aliviado, os homens ainda estavam em treinamento, pronto para a batalha não havia se quer um pelotão completo, isso incide que o Chazan terá um tempo maior para se preparar. Levando em consideração a descoberta do esconderijo Chazan o treinamento seria puxado, para ser completado em menor tempo. Blade faz suas contas, prevê que em mais ou menos três semanas o exercito da elite estaria pronto, sendo assim, podendo atacar o Chazan.

– Ufa! Ao menos teremos tempo para nos prepararmos para essa batalha, ou então resolvermos o que faremos. Mas… E esses Hunter e Falco… Segundo o velhote Henri, eles irão mostrar a nós o que é realmente ser um demônio… Isso me preocupa, sendo que virá apenas dois deles, o que eles serão capazes de fazer, quem são eles?

Oz chega ao esconderijo Chazan. Desce do seu carro e vai ao encontro dos outros membros.

– Olá pessoal… Hass chegou à hora, de sua viagem.

– Como vai Oz, não te vejo há um tempo… Desde ao combate contra elite… Como andas?! – pergunta Kadabra.

– Desculpe Kadabra… È que estou me organizando lá na empresa… Estou deixando-a mais aos cuidados do meu assessor, o Foster. Porem, ainda não sei se posso confiar totalmente nele, por isso estou sempre alerta na empresa..

– Compreendo… Mas espero que tenha mais tempo depois, para nos reunirmos.

– Bom, vou levar o Hass até o avião e depois venho novamente aqui, preciso conversar com vocês. – diz Oz

– Esperamos você Oz – diz Liffy.

– Está na hora Hass, vamos – finaliza Oz.

– Até mais pessoal, vejo vocês em breve – finaliza Hass.

Oz segue para sua empresa, aonde se encontra seu avião. O piloto não sabia o destino da viagem, para a segurança da identidade de Hass. Seria revelado ao piloto o destino apenas na hora da partida. Não demora muito e eles chegam ao local onde está o avião:

– Bom caro Hass, chegou à hora mesmo… Desejo-te boa sorte amigo.

– Sim, agradeço por tudo que fizeste por mim Oz, até mais!

– Ele vai te indicar o local aonde deverá leva-lo – diz Oz ao piloto.

– Olá senhor, vou-me para a área dos coerus A1.

Hass decola. Sua partida para aprimoramento de habilidade teve início. Blade ainda investiga sobre o plano para destruir o Chazan e sobre Hunter e Falco. Kadabra e Thor preparam suas viagens em busca de treinamento, e Liffy começa com o projeto do novo sistema. Que destino será reservado para eles?

To be continue…

General Blade chega ao QG dos san´s juntamente com seus soldados membros do Chazan. Quando chega a sua sala, uma surpresa. Seus superiores o aguardavam. Só havia um cargo mais importante do que de general, eram os famosos generais-mores. Esse cargo era mérito de poucos.
 
Havia apenas quatro homens que atingiram tamanha importância, todos coeurs. Suas identidades eram desconhecidas, eram reconhecidos por números, de um a quatro. Cada um era responsável por cada setor do sistema, o chamado número um era responsável pela indústria de desenvolvimento de armas. O dois pelas táticas aplicadas em combate. O três cuidava do recrutamento de novos san´s. E o quatro era quem distribuía as funções de cada membro e cabia a ele promover ou rebaixar cada san´s.
 
O número quatro representava o líder dos san´s, mesmo não obtendo essa patente. Eram todos sombrios, impunham a frieza com seus olhos e o desprezo com seus atos. Dificilmente apareciam, tanto que Blade se surpreendeu ao ver diante dos seus olhos, os quatro comandantes do sistema armado dos coeurs.
 
_ General Blade… Estávamos a sua espera – se pronuncia um dos quatro homens presentes ali, o de menor estatura e provavelmente com uma idade elevada.
 
Blade fica paralisado por alguns instantes, seu coração disparava, sentia algo ruim, um calor no corpo e começou a tremer.
 
_ Si-iiim, sim senhor! – Blade pronuncia.
 
Um dos quatro homens cochicha para o velho senhor, e acidentalmente pronuncia seu nome. Blade ouviu, Henri era o nome do velho. Logo em seguida, o velhote de nome Henri se pronuncia GH:

Rapaz! Acho que já chegou o ponto de você saber quem comanda o que aqui. Por favor, apresentem–se homens.
 
_ Sou o número um e comando a indústria bélica.
 
_ Sou dois e comando o esquema tático.
 
_ Sou o de número três e comando o recrutamento de novos soldados.
 
Chega à vez do velhote, porém mais nada ele diz. Os demais eram jovens, de estatura alta, o numero um e três eram gêmeos e o dois provavelmente era estrangeiro.

_ Bom, venho aqui saber a respeito sobre o Chazan. Mandamos uma equipe da nova elite, porém foi totalmente aniquilada, soube que você estava em combate e queria um relatório sobre essa batalha – o número dois fala.
 
Blade estava em apuros, precisava de uma desculpa, ou era o fim para ele.
 
_ Quando soube que a elite estava sendo derrotada pelo Chazan, peguei alguns homens e fui ao combate, porém, quando cheguei lá já era tarde demais. Tudo destruído e nenhum sinal deles, nenhum membro morto e nenhum dos nossos para relatar o ocorrido.
 
_ Entendo… Esse Chazan vem causado muita dor de cabeça para nós coeurs, com a nossa nova descoberta está na hora de dar um ponto final nesse assunto. – fala Henri
 
Blade se desespera, perguntava a si mesmo qual seria essa descoberta, precisava avisar Kadabra e precisava alertar o Chazan.
 
_ Senhor, sem usar da ousadia, poderia me informar sobre o que se trata essa descoberta?
 
_ Claro, é por isso que estamos aqui. Blade, você irá comandar o ataque contra a base Chazan e não aceitamos outro resultado além do sucesso – Henri com um ar misterioso e com um leve riso diz para ele.
 
– Como?! Acharam à base Chazan?! Quando?! Como?! – questiona Blade.
 
_ Graças ao Eduard, membro do Chazan. Ele nos contou tudo sobre as bases, estratégias, membros, quase tudo, só não descobrimos sobre os chamados demônios, pois os mesmos se mascaram. E tudo isso só custou uma patente de coeurs – pronuncia rindo Henri.
 
– Que ótimo! , estávamos à procura do Chazan há algum tempo, esse rapaz nos poupou um enorme tempo – disfarça Blade.
 
– Tamanha dor de cabeça esse Chazan nos causou, que foi criado um grupo de mercenários, especialmente para aniquilá-lo, assassinos de todo o mundo que vieram para a cidade central. O Chazan possui os famosos demônios, mas esses homens mostraram realmente como é ser um demônio – Henri completa.

– Pois bem Blade, você apenas seguirá o planejado. Está tudo nesse GD*, é só estudar depois, mas não se preocupe… Guiarei-te aqui do QG, caso precise de ajuda – diz o número dois.
 
– Senhor! Sim, senhor!
 Blade entra em pânico, espera os generais-mores saírem para verificar o GD*e logo em seguida avisar ao Chazan sobre o ataque e sobre o traidor Eduard.
 
Na base Chazan, Hass estava preparando suas coisas para partir em seu novo treinamento, com Rose, mestra em botânica. Rose possuía um laboratório invejável, foram décadas de construção e aperfeiçoamento, Hass era o aprendiz mais talentoso de Rose, e ela planejava que Hass continuasse com seus projetos.

Hass planejava partir o mais breve possível, quanto mais tempo aproveitasse com seu treinamento melhor. O laboratório de Rose se localizava não muito próximo da cidade central, ficava nos campos dominados pelos coeurs A1 (campos que antigamente recebiam nome de continente africano). Hass que se encontrava na cidade central (conhecida antigamente por Américas) fazia planos para chegar ao laboratório de Rose, a distância era considerável, e Hass não possuía dinheiro suficiente para pagar uma viagem de avião ou de barco.

Hass fica na base, bolando uma maneira de conseguir transporte quando chega Oz:

– Hass, bom dia! Como estás companheiro?!

– Olá Oz… Então… Estou com um problema

– O que? Qual seria esse problema Hass?

– È que eu quero aproveitar ao máximo meu treinamento, preciso chegar ao laboratório de minha mestra o mais breve possível… O problema é que o laboratório fica nos campos dos coeurs A1 e não tenho meios de chegar até lá…

– Porque não falou antes?! Hass pode ficar tranqüilo, eu providenciarei tudo para que você chegue o mais breve possível a esse laboratório…

– Que alivio, agora sim poderei ficar mais tranqüilo…

– Vou voltar para a empresa agora mesmo, para resolver isso corretamente.

– Você mal se juntou ao Chazan e já esta sendo útil dessa maneira, vejo que você se tornará uma peça importante para os planos do Chazan – Hass brinca com Oz

– Hahahahaha, fico feliz com suas palavras Hass! Mas agora eu já vou indo, mande abraços a todos do Chazan em meu nome.

– Pode deixar Oz, e… Obrigado por me ajudar com a viagem.

To be continue…

 Nota – GD é um novo tipo de mídia, onde é inserido em um micro projetor.

Chegam à base, arregalam os olhos, não acreditam no que vêem. Era Oz, um dos mais nobres coeurs da cidade central. Kadabra ainda se encontrava inconsciente e Thor tomou uma posição:

– O que? Coeurs aqui em nossa base? Inconcebível, fomos descobertos, vamos eliminar esse sujeito antes que nos compliquemos ainda mais – propôs ele.

O silencio reina sobre o local. Thor nunca se pronunciava, falava pouco, era característico dele. Todos espantados, provavelmente Oz sofreria um ataque de Thor. Nesse momento crítico Liffy toma partido:

– Fique onde está Thor! Escute o que tenho para dizer – pronunciou rapidamente

– Thor é o seu nome? Eu entendo o que está pensando, afinal qualquer um pensaria o mesmo – se pronuncia Oz

– Oz não é como a maioria dos coeurs, ele é como nós. Ele era um slavo, e herdou toda fortuna de um nobre coeur que não possuía família ou amigos, só um serviçal dedicado, e esse era OZ. Kadabra o mandou aqui, e por sorte me avisou antes – explica Liffy

– Foram anos servindo meu senhor. Ele era o rei da indústria farmacêutica, e eu a herdei sozinho. No início foi muito difícil, não sabia nada, e ainda sofria desprezo por parte dos outros coeurs. Aprendi muita coisa sobre medicina, me tornei um dos maiores médicos do novo mundo – explica Oz.

– Vejo que estão feridos, por sorte vim com uma ambulância como transporte, lá eu possuo alguns instrumentos e medicamentos de urgência, não vou poder fazer um diagnóstico completo, porém acho que é a nossa melhor opção – afirma Oz

– Pois bem, atenda o que está mais machucado, o Kadabra – disse Hass

Após analisar Kadabra, Oz dá um diagnóstico:

– Não sei como é possível, mas ele não tem nada. Se for verdade que ele foi atingido por mísseis, é um milagre ele ter sobrevivido. Ele só está inconsciente, deve acordar daqui algumas horas.

– Como esperado do nosso líder – completou Blade

Não passa nem 40 minutos e Kadabra retoma a consciência , todos se espantam , era esperado um tempo maior para sua recuperação. Perguntam para ele sobre como sobreviveu, e tudo o que aconteceu, e ele pronuncia-se:

– Fui surpreendido por aqueles droids, no momento não pensei em nada, queria apenas sair de lá. Em relação aos mísseis , quando percebi já estavam próximos a mim , não sei como mais meu corpo auto produziu um escudo de energia.

– Suponho que você venha a desenvolver o sexto sentido, o sensorial. Pessoas que possuem esse sentido de forma aguçada são raras, e você é uma delas – afirma Oz

– OZ! Meu grande amigo OZ! Vejo que chegou em uma hora tensa – sorri Kadabra

– Kadabra, saímos com a vitória graças ao general Blade. Nossa atitude em subestimar nosso inimigo quase proporcionou nossa morte. Precisamos agir como no início, pois agora nosso inimigo se fortaleceu, e precisamos nos fortalecer também. Vou a procura de novos conhecimentos com minha mestra em botânica Rose, e Thor vai a Veridia a procura de seus ancestrais – comenta Hass

– Assim como Blade, vou ficar por aqui onde sou mais útil – informa Liffy

Nesse momento uma reforma no Chazan se inicia. Todos seus membros se modelam para enfrentar novos inimigos, novos desafios. O Chazan crescia a todo o momento, e manter em segredo identidades e esconderijos ficava cada vez mais difícil.

– O Chazan conta com um crescimento nesses últimos dias de doze pontos percentuais do número total desde sua criação – informa Liffy

– Temos que nos alertar a possíveis traidores. Como precisamos de força, estamos aceitando qualquer um que queira se juntar ao Chazan, em uma dessas podemos ser surpreendidos por algum espião dos coeurs ou até mesmo um slavo qualquer que queira se dar bem – completa Hass

– Exatamente Hass. Vou ter que criar um novo sistema para o Chazan, uma nova forma de organização – diz Liffy

– Eu proponho que cessamos nossas atividades por um tempo, até nos organizar. Além de que Hass e Thor não estarão presentes, é o ideal a se fazer – propõe Kadabra

Todos concordam, era mesmo a melhor opção. Os três demônios se dirigem aonde se encontravam a massa do Chazan na indústria, Kadabra ia fazer um comunicado, ia falar sobre a batalha e sobre tudo o que os demônios conversaram:

– Olá irmãos, voltamos com a vitória, destruímos por completo a nova força dos san´s… Mas… Mas não vou mentir para vocês, em meu ultimo pronunciamento, antes da batalha, já estávamos contando vitória, pensávamos que seria uma batalha fácil, assim como as que tínhamos tempos atrás, nos saque amentos e invasões. Porém a história foi outra, fomos surpreendidos pela elite, e só voltamos com vida graça ao general Blade e sua beleza de machina guns, além dos soldados do Chazan que estão junto ao Blade na companhia san´s.

– Confesso a vocês que antes dessa batalha eu não tinha o respeito pelo adversário que tinha no começo de nossas batalhas, pode ser pelo motivo de eu sempre sair com a vitória ou até mesmo por não ter dificuldades nelas. Subestimar o inimigo é o primeiro passo para a derrota, e quase provamos dela. E diante disso meus irmãos, nós, os três demônios, pedimos desculpas a todos e, não só isso, partiremos para um novo treinamento, novos conhecimentos, para que assim o Chazan seja de novo o que era antes.Obrigado a todos.

Todos começam a gritar, parecia até que os demônios voltaram de mais uma batalha fácil, trazendo a vitória a todos do Chazan. Estavam com aquele brilho nos olhos, algo parecido com esperança, esperança de que a mudança estava próxima.

– Kadabra, incrível! Você deu a esses homens um novo gás, uma nova esperança, e não só a eles, para nós também, agora, não podemos decepcionar a todos, vamos ir e voltar duas vezes mais fortes – diz Hass.

– Sim meu amigo, vamos nos organizar para evoluir para um novo nível o Chazan – completa Kadabra

Em clima de euforia, todos comemoram. Oz anda em direção aos demônios, estava de partida, diz voltar uma outra hora, que agora teria de ir. Blade faz o mesmo, dizendo:

– Preciso voltar urgentemente ao QG dos san´s, sai na hora da batalha e não voltei mais, devem estar desconfiados já, até mais pessoal.

Quando o general Blade chega ao QG, uma surpresa…

To be continue…

O cenário é posto. Os demônios caminham em direção a nova ameaça, a elite San´s. O clima está sombrio, uma corrente de ar fria passa sobre  a avenida central, onde ocorrerá a batalha. Começa a chover, uma chuva de grossa espessura, no entanto os inimigos observavam um ao outro, silêncio. Escuta-se o estalar de um trovão, e a batalha se inicia.

Os demônios correm para o encontro da elite, enquanto a mesma se mantém imóvel. Antes de estarem cara a cara, a elite mostra sua força, San´s equipados com um tipo de arma biológica, que emana uma substância  gelatinosa de cor fluorescente. Os demônios não sabiam os efeitos dessa substância, e como saída, procuravam desviar dessa ameaça. Essa foi a primeira investida da elite, que surpreendeu os demônios.

– Perdemos o sinal com a Liffy, deve ser pela chuva – informou Kadabra

– Vamos recuar, não sabemos quais resultados essa ”gosma” pode causar – completou Hass

– Thor, use seus homúnculos para nos dar tempo para uma fuga – ordenou Kadabra usando o XR8.

– Afirmativo – respondeu Thor

A elite utilizou de sua primeira ordem, a mesma que possuía as armas biológicas. Fez uma investida, com mais ou menos 50 soldados. Os homúnculos de Thor conseguiram atingir as expectativas, atrasou a elite San´s e deu tempo para a fuga dos demônios, porém foram totalmente aniquilados.

– Olhem! Olhem! – disse Hass usando o XR8

– Veja os locais onde às ”gosmas” atingiram, ela está corroendo todo material, até o aço! – completou

– Argh, precisamos obter contato com a Liffy, ela pode nos ajudar com certeza – afirmou Kadabra.

Thor recebe uma transmissão através do XR8, é o General Blade, a qualidade sonora estava horrível, mas dava para se entender.

– Thor! Thor! – exclama Blade

– Estamos numa fria, você precisa nos ajudar – responde Thor

– Exatamente. Recebi as informações da elite Sans´s, não posso falar detalhadamente ainda, porém vou dizer as causas e meios de destruir essas armas – afirmou Blade

– Coloque todos na rede – pediu Blade
– Blade, aqui é Kadabra, como acabar com esses monstros?!

– O sistema da elite San´s é muito forte. Eles possuem um sistema de formação que se baseia no conjunto de estratégias com maior eficiência visto até aqui, Liffy vai ter que se superar.

– Blade, ande com isso, estamos a ponto de sermos descobertos – concluiu Hass
 
– Pois bem, sem devaneios. Cada tropa da elite é formada por 200 membros, sendo cinco machina guns, robôs humanóides com maior potência de armamento, 50 shooters, que não possuem nada de especial, são san´s normais, só que com uma arma biológica que corroe qualquer material, no entanto não temos resultados dos efeitos em humanos. A maior parte, formando 100 membros é dos chamados Biomechanist, San´s com uma armadura resistente a todas as armas conhecidas até então, porém, limita os movimentos do usuário. Os Biomechanist são equipados com armas de longo alcance, os novos rifles. E por ultimo são os droids são 45 deles, eles são muito rápidos, e possuem bastões de energia. Tome cuidado – informou Blade

– Ah, e, aliás, só conseguirão destruir os machina guns se destruírem a cabine de comando presente na cabeça do robô, agora os Biomechanist, terão que utilizar ou o hipnotismo de Kadabra, ou o famoso estado de loucura de Thor – vou tentar chegar aí o mais breve possível – completou Blade

– Kadabra, Hass,  agora é a nossa vez de atacar. Mas não conseguimos contato com Liffy, teremos de montar nossa própria estratégia – disse Thor

– Não temos muito tempo, mas vamos analisar bem. O que nos mais ameaça são os chamados machina guns, creio eu que não conseguiremos chegar perto deles, para destruir a cabine e isso é um problema – pensou Hass

– Pelo contrário, vou testar meu poder nesses machina guns, vou controla – luz e tentar destruir a cabine pelas ondas de energia – disse Kadabra

– Eu ainda não levei o caos e desespero a esses infelizes, estou me segurando para ficar aqui, pode deixar que com os biomechanist cuido eu – afirmou Thor

– Eu possuo aqui alguns compostos explosivos, que , quando unidos causam grandes estragos (como exemplo do ácido  conhecido como ‘’névoa do caos’’ de Hass, que acaba com todo O2 de certa área). Eu Não utilizo dessa união, pois é perigoso para todos, mais essa ocasião pede um ataque mais ofensivo por parte do Chazan – completa Hass

– Então dividimos assim: Eu pego os machina, Thor arrasa os biomechanist e Hass destrói tudo o que sobrar correto?!  Pergunta Kadabra.

– Parem de falar, e vamos ao mar de sangue – conclui Thor

Os três demônios partem um para cada lado. Os Shooters já avançados se deparam com Hass, que não poderia usar de seu composto, pois afetaria a si próprio. Hass por sorte, tinha em seu casaco especial frascos de um líquido venenoso. Antes de o avistarem Hass arremessou cinco frascos desse líquido. Os Shooters não eram providos de uma armadura como os dos Biomechanists, possuíam apenas coletes normais à prova de armas de fogo e capacetes de guerra. O efeito do líquido já mostrava efeito, passado alguns segundos todos shooters no chão, nenhum sinal de vida naquela região. Os shooters estavam eliminados.

Kadabra é avistado pelos droids, não poderia hipnotiza los, não eram seres vivos. Os droids com tamanha agilidade avançaram em um sistema organizado de ataque contra Kadabra. Ele surpreso não mostrava reação, o máximo que poderia fazer contra os droids é usar da energia para movê-los, comprimi – luz e destruí-los. No entanto, Kadabra não pensava em nada, estava tão surpreso que levantara vôo para fugir. Foi a sua pior escolha, os machina guns o avistaram no ar, que se tornava alvo fácil, levando em conta que seria atacado por cinco machina guns. Lançam foguetes em direção a Kadabra, o mesmo, distraído com os droids não percebe a presença dos machinas guns e nem os foguetes vindo em sua direção.

Kadabra é abatido, seu corpo cai sobre a avenida, Thor ainda lutara contra os biomechanist em outra área e não presenciou a queda de Kadabra, mas não foi o mesmo com o Hass, que em desespero corre até Kadabra. Hass é atacado pelas costas por um dos droids que perseguia Kadabra, e fica inconsciente. Thor ainda não percebera que estava só nessa batalha.

Thor estava trucidando seus oponentes, o forte tiro dos modelos novos de rifles não fazia nenhum arranhão em Thor. Seu disfarce possuía amuletos e feitiços que junto a um mestre feiticeiro, o tornaria invulnerável, mas tinha um porém, toda essa resistência consumia energia cósmica do usuário. Ou seja, quanto mais dano ele sofrer mais energia vai gastar.

Thor sabia que a potência dos rifles era surpreendente, e que não duraria por muito mais tempo. Resolve utilizar um feitiço que nunca utilizara antes, um feitiço que controla a energia espiritual de cada um, podendo então, extermina-las. Esse feitiço era proibido, e tinha diversos riscos, como usar de todo cosmo da alma do usuário a ponto de não completar o feitiço.
Esse feitiço precisava de um pentagrama, e Thor não tinha muito tempo até perder todo seu cosmo. Ele utilizou um pentagrama que possuía como amuleto e diminuiu ainda mais sua defesa. Não iria resistir muito, porém completou todas as etapas do feitiço e deu um grito, liberando sua energia final.

O céu fica em tons avermelhados, um mar de sangue ocorrera ali, Thor desmaia e cai no chão e com ele todos os inimigos em que ele lançou o feitiço. Sobraram apenas os droids e os machina guns. Os mesmos estavam indo ao encontro dos demônios inconscientes. Estavam a ponto de dar o golpe final quando o General Blade junto a uma pequena tropa de San´s pertencentes ao Chazan chega ao local, e se deparam com os três demônios abatidos, e se surpreendem.

– Realmente a elite San´s é perigosa e destrutiva, conseguiram abater três dos cinco demônios, mais isso não basta – exclamou Blade.

– Chazan não é apenas seus líderes ou demônios, Chazan é a justiça, Chazan é o povo – exclama um membro San´s do Chazan

– Isso mesmo, vamos sair com a vitória daqui, e mostrar que a união e a força de vontade de salvar nosso planeta são maior que qualquer arma ou coisa que os Coeurs possam inventar – exclama Blade

O General Blade possuía um próprio machina guns, sabia só o básico, porém, o suficiente para acabar com os droids e os machina guns que ameaçavam os demônios. Seu machina guns era especial, era provido do raio de energia e propulsores para vôo. Com pouco conhecimento, Blade apenas disparou raios de energia, que foi o suficiente para aniquilar os inimigos.

Já era tarde da noite, o mar de sangue estava posto. Centenas de automóveis destruídos. Prédios a ponto de desmoronar. A avenida central da cidade central estava destruída. Blade ficou com medo da reação dos slavos em relação a isso, pois tudo o que os slavos tinham era conseguido com muito esforço e dificuldade, e estava tudo destruído.

San´s membros do Chazan vão ao encontro dos demônios, Hass se levanta e vai ao encontro de Kadabra que se encontrava ainda inconsciente. Blade vai a direção ao Thor, analisa o corpo dele, nenhum arranhão, prevê que acordaria o mais não tardar.

Blade e os membros do Chazan levam os demônios para a base central, na indústria. No caminho Thor acorda e pergunta sobre os resultados, e Hass responde:

– Poderíamos ter feito melhor, subestimamos o inimigo e ficamos de salto alto. Até então enfrentávamos apenas inimigos fracos, fáceis, mais agora a história é outra. Temos que voltar para nossa terra natal, e fazer um novo treinamento com nossos mestres, eu vou partir quando o Kadabra melhorar, e procurar a mestra em botânica Rose nos territórios A1 de posse dos Coeurs – explica Hass

– Vou fazer um treinamento em Veridia território de posse dos Coeurs Amazons, lá se encontra minhas origens e meus ancestrais. Vou aumentar minha energia cósmica e aprender novas invocações, para dar o troco nesses inúteis cães dos Coeurs.

Mas ainda fico preocupado com Kadabra, será que ele vai sobreviver?! – diz Hass.

General Blade se pronuncia:

– Eu vou ficar por aqui mesmo, não posso dar pistas sobre minha identidade e sou mais útil dentro da casa do inimigo.

Ao chegar à base uma surpresa…
To be continue…

– Kadabra! – Lyffy chama-o.

– O que houve Liffy? – responde Kadabra.

– Está ocorrendo exatamente o que Blade previu, o conselho enviou a elite san´s, por sorte elaborei um plano a tempo, porém, temos que nos reunir para eu explicar-lo a vocês.

– Avise todos os membros do Chazan através do sistema de emergência, que vou atrás dos outros demônios – pede Kadabra.

O sistema de emergência era um sinal discreto, enviado a todos os membros do Chazan por interveio de um aparelho obtido nas indústrias saqueadas por eles, o famoso XR8.

A cidade central, onde locaziva – se o Chazan e o conselho de Coeur´s tinham como projeto arquitetônico uma maquete simples. Por ser muito extensa a cidade central possuía muitos becos, brechas e esconderijos. O grupo Chazan se reunia em uma espécie de indústria, para não chamar atenção pelo grande número de pessoas presentes no mesmo, à indústria era comandada por um coeur pertencente ao grupo Chazan, onde camuflava bem a identidade dos membros Chazan.

– Estamos todos na base, esperando vocês – disse Liffy

– Estou apenas com o Thor, o general Blade não vai poder vir, há vários Coeur´s inspecionando a base San´s, ele realmente não vai poder vir. E quanto ao Hass não o encontro em lugar algum, estou ficando preocupado – respondeu Kadabra

– Já tentou contato com Hass através do XR8?! – perguntou Liffy

– Sim, porém não obtive respostas – afirmou Kadabra

– Venham somente vocês, vou ter que alterar parte do plano, a chance de sucesso irá diminuir, porém, confio no Chazan e nos demônios! – completa Liffy

Sem sinal de Hass, Liffy e os outros demônios ficaram preocupados, deduziram que algo ocorrera com ele, e algo não muito bom.

Minutos após de Kadabra e Thor chegarem, Hass anuncia desesperadamente a primeira aparição da elite San´s:

– Kadabra! Kadabra! São monstros, monstros! A elite Sans´s está na cidade central!

– Onde você está Hass, o que a elite está fazendo? – pergunta Kadabra

– Não estão atacando, porém estão mostrando sua força. Armas totalmente novas, robôs humanóides tripulados equipados com armas de grandeza de destruição elevadíssimas. Estou no centro da cidade, e suponho que o objetivo deles é mostrar para todos slavos, sua força.

Kadabra informa a situação para Liffy e Thor, e afirma:

– Eles querem se mostrar então?! Pois bem, vão mostrar sua nova força aniquilada, e vou fazer questão de não parar até que o ultimo inimigo esteja no chão.

– Meu plano original já era, porém tenho uma nova tática, que adoraria testar nesses imundos – disse Liffy.

Liffy se contata com Hass e pergunta:

– Hass, sabe me dizer mais ou menos quantos cães dos coeur’s há aí?

– Não muitos, porém estão muito bem equipados, não passam de uma tropa de 150 soldados e cinco humanóides, porém creio eu que isso valha para um exército inteiro de san´s comuns.

Não podemos ter muitas baixas no Chazan, porém essa missão é muito importante. Será ela que mostrará a força do Chazan sobre a mais eficiente força San´s – pensou Liffy

Liffy aborda a situação com Thor, Kadabra e Hass – os demônios – e propõe uma saída.

– Pessoal, a situação saiu um pouco fora do controle. Não podemos perder membros do Chazan assim, e não sabemos realmente da força da elite San´s. Porém se enviarmos apenas três demônios para a batalha e vencermos, o Chazan será muito reconhecido, e provavelmente os slavos que tinham medo, se encorajem para junto ao Chazan, derrubar o sistema Transcendental. Vocês acham que dão conta, meninos?

Kadabra se pronuncia, perante todos:

– Caros irmãos, uma nova ameaça nos é mostrada. O inimigo ainda desconhecido. No entanto, não vamos ser egoístas e arriscar a vida de vocês em uma batalha com um inimigo que não sabemos de suas capacidades. Sabemos que eles são a elite do San´s , enviadas para nosso extermínio , e , não vamos ficar parados, vamos mostrar a força da justiça e dos membros do Chazan , os demônios irão enfrenta- luz e vamos trazer prestígio e a vitória para casa , avante Chazan !!

– Vista – se Thor, e leve os disfarces do Hass também. Vamos nos encontrar na sede do Chazan na Central, a boate Villa Rica. Liffy avise Hass para nos encontrar lá e nos informe sobre o plano e as ações da elite – disse Kadabra

Já na boate, encontra – se os demônios, saindo por uma passagem especial, vão de encontro à batalha. Com o local completamente vazio, centenas de prédios e veículos ao redor, o céu começa a escurecer, já se passam das 19 h, e com a Terra ainda destruída, um cenário sombrio é posto.

Thor prepara seus homúnculos, possuía apenas alguns, usavam em sua maioria San´s mortos e cadáveres recentes. Hass com suas soluções em mãos está com sede de sangue, e Kadabra com seus poderes aumentando o cada dia, com sede de vitória.

Na rua principal, que de cara era enorme, estão postos à elite inteira. Os três demônios caminham para seu destino, e prometem fazer jus aos seus apelidos.

Kadabra conversa com seus companheiros:

– Estão prontos para a ação?!

– Morte a todos – retruca Thor

– Chegou a hora baby !! – diz Hass

– Vamos para a luta! – afirma e corre Kadabra

OS três vãos em direção a elite, e a batalhe se inicia.

To be continue…

Nota – XR8 é totalmente fictício, trata -se de um aparelho microscópico introduzido no usuário que lhe permite se comunicar em uma rede.

Ano de 2062, com o planeta em constante instabilidade, um desastre natural comparado à era do gelo que devastou a vida na Terra surgiu, o chamado Espoir.

A sociedade entra em caos, o sistema de ordem que conhecíamos não está mais em vigor, leis, regras, patentes governamentais, policiais, tudo, completamente tudo em decadência. Em meio ao desespero um novo regime é criado, um regime que, em vigor, proporcionaria de vez, o favorecimento da classe provida de dinheiro, esse regime é batizado de Regime Transcendental.

Com o mundo em reconstrução , e o novo regime já operando , formaram-se camadas sociais bem definidas: os slavos, a maior camada composta por funcionários e trabalhadores, que não obtinham muito luxo e eram vistos como ferramenta de trabalho. A outra camada era composta pela brigada armada do mundo, os chamados San´s. Trabalhavam para os coeurs, a menor e mais poderosa camada social, conhecidos como reis do novo mundo.

Os slavos não aceitaram o novo regime, tomando medidas drásticas em relação ao mesmo. Guerras, violência, morte. Esse foi o resultado. A nova classe armada, os San´s, era provida de tamanho poderio bélico que, mesmo em desvantagem numérica, oprimiam os revoltosos slavos.

O que sobrou do mundo, foi dividido entre sociedades dos coeurs, e a maior e principal ficava sobre territórios conhecidos antigamente por Américas. Nesse espaço, ainda havia restígios de vida animal e vegetal, levando em conta que o planeta estava totalmente destruído. Por esse fator, o recomeço seria nessa região.

E nessa mesma área, surgiu uma ordem de slavos radicais, onde ninguém sabia a identidade de seus membros, os mesmos usavam disfarces em suas ações, camuflando suas identidades. Essa ordem se autodenominou de Grupo Chazan, e seu líder era conhecido entre eles como Kadabra.

Liderados por Kadrabra o Chazan visava como objetivo a destruição do regime Transcendental, porém, sabiam, que com sua força atual não era possível tamanha façanha. Faziam o que era cabível,como ações de porte médio, que não ocasionara em tamanha perca, pois o Chazan só contava com alguns milhares de membros. Destruição de postos, abrigos e fortes do San´s, saque amentos as indústrias de poderio bélico e a Coeurs de baixo escalão (que possuía menos riqueza em comparação aos ”chefões” coeurs), e dominação de pontos estratégicos eram suas principais ações.

Para isso ocorrer vários San´s eram mortos, e o Grupo Chazan não tinha piedade. Vigorava conceitos no Grupo Chazan como ” Todo homem tem o direito de ter liberdade, fazer o que bem entender, agora cabe ao mesmo se omitir e aceitar o que é imposto a eles. “Para esses, que se juntam ao inimigo e destrói seus irmãos de raça, a vida não é merecida”. Seguindo esses conceitos o Grupo Chazan ameaçava os Coeurs, e o Conselho dos Coeurs teve que agir.

O Conselho dos Coeurs , assim como o Chazan , tem seus membros desconhecidos, esses Coeurs se vêem como deuses, que não se permitem estar no mesmo meio do que os impuros ”humanos”. Mas eles também agiam, e visto a ameaça do Chazan ao Sistema Transcendental, resolvem aumentar a força San´s e revelar a identidade dos membros do Grupo Chazan.

Em meia desvantagem numérica, o grupo Chazan conseguia facilmente lidar com seus inimigos, isso grande parte devido aos cinco demônios.

O título de demônio se dava a membros de grande importância e eficiência nas batalhas contra os San´s, os demônios faziam parte do pelotão chefe do Grupo Chazan. Eram eles os demônios:

O líder e demônio mais poderoso era Kadabra, possuía todo o conhecimento sobre psicologia, psicanálise, hipnotismo e o modo de agir humano. Com esses conhecimentos e com um poder mental devastador Kadabra possuía o poder de controlar objetos, qualquer forma pensante viva, ondas psicanalíticas, que faziam com que a pessoa parasse de mandar impulsos nervosos ao corpo, conhecida como morte cerebral, e também possuía o poder do envoltório de energia, que lhe permitiria levantar baixo vôo e lhe proporcionar uma espécie de escudo contra qualquer tipo de força ou choque.

Outro demônio era Hass. Químico e botânico Hass possuíam conhecimentos sobre fórmulas e substâncias tóxicas, além de ervas que proporcionavam status como envenenamento, sono e paralisia. Com tamanho conhecimento Hass usava de seus ácidos até seus compostos para aniquilar seus oponentes. Hass perdeu completamente sua família no trágico acidente ambiental Espoir, desde então entrou em estado de lucidez, agora seu único objetivo é acabar com os Coeurs e ver o planeta que quando era criança teve a oportunidade de ver.

Um demônio literalmente. Assim era Thor, conhecedor da magia negra passada por seus ancestrais, ele vai utilizar dela para atingir seus objetivos. Com sua magia negra, Thor era capaz de manipular suas marionetes, os homúnculos.
Homúnculos são corpos sem alma, não eram muitos habilidosos, porém em batalha igualava a vantagem numérica, e serviam e  de escudos e bombas vivas. Essa não era a única especialidade de Thor, também sabia os feitiços de aura maligna, que levam o inimigo em estado de loucura.

O quarto demônio era um San´s. General Blade era seu nome. Devido à tamanha eficiência antes do Espoir, Blade foi nomeado general dos San´s. Um dos membros criadores do Chazan, o general é linha dura, sério, porém quer que todos tenham os mesmo direitos , e trabalha duro para isso. Blade é responsável por todos Sans´s que entram no Chazan e das sabotagens ocorridas na central dos san´s.

A ultima e não menos importante é Liffy. Ela não possui nenhum conhecimento sobre meios destrutivos, no entanto é provida de inteligência anormal, se tornando a estrategista do Chazan. Seus planos e ações eram tão calculados, que Liffy falava a probabilidade de cada um.

Com o crescimento do Chazan, os conselheiros Coeurs tiveram que tomar medidas mais drásticas, enviando uma força de elite para as ruas, essa força não antes testada.
To be continue…



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  • dario: Vc é brilhante sim... digo isso com categoria pois, tenho a arte nas veias e vivo dela a mais de 15 anos... O limite pra vc vai além do céu... ab
  • Waner: Olá, Cândido, obrigada pelo comentário sobre o meu blog! Fiz outras postagens, inclusive sobre aquele conteúdo da nossa última aula de redaçã
  • Massahiro: Olá Candido. Primeiramente deixe-me agradecer pelos seus elogios, em segundo lugar peço desculpas pela minha demora em deixar um comentário em seu

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